PRISCILA F.PORFÍRIO (CURSISTA)
Meu contato com a
leitura foi e tem sido muito boa. Quando era pequena,
minha mãe contava histórias diversas para dormir; ela adorava ler. Entrei na
escola com 3 anos, mas aprendi a ler aos cinco. Meu primeiro livro foi uma
coleção do ABC que ganhei de meu pai, eu li tantas vezes e tinha tantas cores.
Na adolescência a minha literatura mudou e comecei a frequentar o
velho armário amarelo da mamãe, nele continha enciclopédias, livros de
inglês, corpo humano, receitas, plantas medicinais...ah nesse eu me deliciava,
e os meus preferidos Sabrina, Bárbara e outros. Eu viajava nesses livros,
sonhando com aqueles homens maravilhosos; ficava lendo em cima do muro ou do
telhado, lia, lia, viajava, sonhava e assim chegava a noite enquanto eu
observava as estrelas. Na minha pré-adolescência eu comecei a escrever em
diários e em livros, eram histórias bobamente conflitantes, mas era bom para
expressar os meus medos. Ficava fazendo companhia para a bibliotecária, nem
lembro quem era, afinal elas não eram de muita conversa. Mas dentro dos livros
eu encontrava outro mundo outra realidade e outras verdades. Chegando na reta
final de adolescência, foi brotando em meu coração o desejo de fazer Jornalismo
ou Letras. Bem... fiquei com Letras. Tudo foi mudando, meus gostos,
opinião e o gênero literário. Na faculdade,muitas vezes é imposto a leitura de
alguns livros, fui redescobrindo, e gostando da literatura
brasileira, da qual meus professores de ensino médio tentaram falar;
descobrindo a literatura estrangeira; de alguns amava, de outros achava
escrachado demais e assim fui lendo por gosto e outros por desgosto, mas sempre
com um livrinho na mão. Quando vou viajar, sempre carrego um livro dentro da
bolsa, às vezes chego a ler dois ao mesmo tempo e outras leio mais de uma
vez. Aprendi muita coisa com a leitura e conheci vários lugares também, e minha
maior inspiração é minha mãe...sempre com um livro na mão. Minha primeira
indagação foi : "O que tanto ela lê?" . E assim estou até hoje, me
deliciando. Muitas vezes, nossos alunos fazem o
mesmo, perguntando " Que é que esses alunos tanto leem?". Criticando
os que leem, e quando os leitores começam a falar de suas experiências,
eles vem chegando,devagarzinho.... é um jornal, é um gibi , é
livro abrindo a porta do conhecimento.
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