4º - Produção escrita de
mensagens destinadas para qualquer pessoa, que se tenha afinidade.
Durante a leitura:
1º - Leitura compartilhada.
Apresentação do texto – 1ª parte, retirando-se o final;
2º - Oralidade/Relatos de
suas vivências:
·Quando foi seu primeiro beijo?
·Quais os sentimentos?
·Com quem você conversou sobre ele? Comentou
com alguém?
·Foi um momento importante?
·Como você sentiu esse momento?
·Em que situações as pessoas costumam se
beijar?
·Você acha importante beijar várias pessoas na
mesma noite?
3º - Produção do final do
texto;
4º - Pesquisa em grupo sobre
as substâncias químicas citadas no texto. (Consequencias de doenças
transmitidas pelo beijo).Trabalho
interdisciplinar com a disciplina de Ciências;
CONTEUDO
E TEMAS: características do gênero crônicas;
leitura de diversas narrativas; produção de crônica narrativa; leitura dos
textos: “Avestruz e A velha contrabandista”.
COMPETENCIAS
E HABILIDADES: reconhece características do gênero:
crônica narrativa; comprar narrativas de mesmo; comparar e distinguir de outros
textos narrativos de gêneros diferentes; ouvir textos narrativos; produzir
crônica narrativa; saber ler reconhecendo globalmente as palavras; ativar
conhecimento de mundo; produzir inferências locais.
ESTRATÉGIAS:
Ativação dos conhecimentos prévios dos alunos com relação do gênero crônica
narrativa; leitura e interpretação dos textos Avestruz e A velha contrabandista;
estudo das características crônicas narrativas e elementos da narrativa.
RECURSOS:
Copia dos textos e das atividades; uso do datashow para reprodução da estrutura
textual e seus elementos.
AVALIAÇÃO:
Participação oral dos alunos na análise dos textos; produção de uma crônica
narrativa a ilustração interpretativa sobre os textos.
ROTEIRO
PARA APLICAÇÃO DA SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM
·Num primeiro momento apresentar aos
alunos, crônicas de diferentes autores no datashow. Explorar através de
perguntas orientadoras o conhecimento de mundo dos alunos; leva-los a inferir
informações locais e globais, a partir da analise do titulo, autor e a intenção
do autor, veículo em que circula e a finalidade do texto e características do gênero.
Texto
1
Negócio
de menino
Tem
dez anos, é filho de um amigo, e nos encontramos na praia:
- Papai me disse que o senhor tem muito passarinho...
- Só tenho três.
- Tem coleira?
- Tenho um coleirinha.
- Virado?
- Virado.
- Muito velho?
- Virado há um ano.
-
Canta?
- Uma beleza.
- Manso?
-
Canta no dedo.
- O senhor vende?
- Vendo.
- Quanto?
- Dez contos.
Pausa. Depois volta:
- Só tem coleira?
- Tenho um melro e um curió.
- É melro mesmo ou é vira?
- É quase do tamanho de uma graúna.
- Deixa coçar a cabeça?
- Claro. Come na mão...
- E o curió?
- É muito bom curió.
- Por quanto o senhor vende?
- Dez contos.
Pausa.
- Deixa mais barato. . .
- Para você, seis contos.
- Com a gaiola?
- Sem a gaiola.
Pausa.
- E o melro?
- O melro eu não vendo.
- Como se chama?
- Brigitte.
- Uai, é fêmea?
- Não. Foi a empregada que botou o nome. Quando ela fala com ele, ele se
arrepia todo, fica todo despenteado, então ela diz que é Brigitte.
Pausa.
- O coleira o senhor também deixa por seis contos?
- Deixo por oito contos.
- Com a gaiola?
- Sem a gaiola.
Longa pausa. Hesitação. A irmãzinha o chama de dentro d'água. E, antes de sair
correndo, propõe, sem me encarar:
- O
senhor não me dá um passarinho de presente, não?
(Rubem
Braga, in "200 Crônicas escolhidas")
Texto 2
Sexa
- Pai…
- Hmmm?
- Como é o feminino de sexo?
- O quê?
- O feminino de sexo.
- Não tem.
- Sexo não tem feminino?
- Não.
- Só tem sexo masculino?
- É. Quer dizer, não. Existem dois sexos. Masculino e feminino.
- E como é o feminino de sexo?
- Não tem feminino. Sexo é sempre masculino.
- Mas tu mesmo disse que tem sexo masculino e feminino.
- O sexo pode ser masculino ou feminino. A palavra "sexo" é
masculina. O sexo masculino, o sexo feminino.
- Não devia ser "a sexa"?
- Não.
- Por que não?
- Porque não! Desculpe. Porque não. "Sexo" é sempre masculino.
- O sexo da mulher é masculino?
- É. Não! O sexo da mulher é feminino.
- E como é o feminino?
- Sexo mesmo. Igual ao do homem.
- O sexo da mulher é igual ao do homem?
- É. Quer dizer… Olha aqui. Tem o sexo masculino e o sexo feminino, certo?
- Certo.
- São duas coisas diferentes.
- Então como é o feminino de sexo?
- É igual ao masculino.
- Mas não são diferentes?
- Não. Ou, são! Mas a palavra é a mesma. Muda o sexo, mas não muda a palavra.
- Mas então não muda o sexo. É sempre masculino.
- A palavra é masculina.
- Não. "A palavra" é feminino. Se fosse masculina seria "O
pal…"
- Chega! Vai brincar, vai.
O garoto sai e a mãe entra. O pai comenta:
- Temos que ficar de olho nesse guri…
- Por quê?
- Ele só pensa em gramática.
(Luis Fernando Veríssimo in
"Comédias para se Ler na Escola", Publicações Dom Quixote, 2002,
Lisboa. — 10/11/2005)
·Em seguida distribuir os textos:
Avestruz e a A velha contrabandista, para a leitura individual a silenciosa a
fim de que o aluno realize as inferências locais e globais baseado nas
explicações do professor.
Avestruz
O
filho de uma grande amiga pediu de presente pelos seus dez anos, uma avestruz. Cismou
fazer o que? Moram em um apartamento em Higienópolis, São Paulo. E ela me
mandou um e-mail dizendo que a culpa era minha. Sim, porque foi aqui ao lado de
casa, em Floripa, que o menino conheceu as avestruzes. Tem uma plantação, digo,
criação deles. Aquilo impressionou o garoto.
Culpado,
fui até o local saber se eles vendiam filhotes de avestruzes. E se entregavam
em domicílio.
E
fiquei a observar a ave. Se é que podemos chamar aquilo de ave. A avestruz foi
um erro da natureza, minha amiga. Na hora de criar a avestruz, Deus devia estar
muito cansado e cometeu alguns erros. Deve ter criado primeiro o corpo, que ser
assemelha, em tamanho, a um boi. Sabe quando pesa uma avestruz? Entre 100 e 160
quilos, fui logo avisando a minha amiga. E a altura pode chegar a quase três
metros. 2,7 para ser mais exato.
Mas
eu estava falando da sua criação por Deus. Colocou um pescoço que não tem
absolutamente nada a ver com o corpo. Não devia mais ter estoque de asas no
paraíso, então colocou asas atrofiadas. Talvez até sabiamente para evitar que
saíssem voando em bandos por aí assustando as demais aves normais.
Outra
coisa que faltou foram dedos para os pés. Colocou apenas dois dedos em cada pé.
Sacanagem, Senhor!
Depois
olhou para sua obra e não sabia se era uma ave ou um camelo. Tanto é que logo
depois, Adão dando os nomes a tudo que via pela frente, olhou para aquele ser
meio abominável e disse: Struthio Camelus Australis. Que é o nome
oficial da coisa. Acho que o struthio deve ser aquele pescoço fino em forma de
salsicha.
Pois
um animal daquele tamanho deveria botar ovos proporcionais ao seu corpo. Outro
erro. É grande, mas nem tanto. E me explicava o criador que elas vivem até os
setenta anos e se reproduzem plenamente até os 40, entrando depois na menopausa,
não tem, portanto, TPM. Uma avestruz com TPM é perigosíssima!
Podem
gerar de 10 a 30 crias por ano, expliquei ao garoto, filho da minha amiga. Pois
ele ficou mais animado ainda, imaginando aquele bando de avestruzes correndo
pela sala do apartamento.
Ele
insiste, quer que eu leve uma avestruz para ele de avião, no domingo. Não sabia
mais o que fazer.
Foi
quando descobri que elas comem o que encontram pela frente, inclusive pedaços
de ferro e madeiras. Joguinhos eletrônicos, por exemplo. Máquina digital de
fotografia, times inteiros de futebol de botão e, principalmente chuteiras. E,
se descuidar, um mouse de vez em quando cai bem.
Parece que convenci o
garoto. Me telefonou e disse que troca o avestruz por cinco gaivotas e um
urubu. Pedi para a minha amiga levar o garoto numa psicólogo. Afinal, tenho
mais o que fazer do que ser gigolô de avestruz.
Mario Prata
A
velha contrabandista
Diz que era uma velhinha que sabia andar de lambreta. Todo
dia ela passava pela fronteira montada na lambreta, com um bruto saco atrás da
lambreta. O pessoal dada Alfândega – tudo malandro velho – começou a desconfiar
da velhinha.
Um dia, quando ela vinha na lambreta com o saco atrás, o fiscal da
Alfândega mandou ela parar. A velhinha parou e então o fiscal perguntou assim
pra ela:
- Escuta aqui, vovozinha, a senhora passa por aqui todo dia, com esse
saco aí atrás. Que diabo a senhora leva nesse saco?
A velhinha sorriu com os poucos dentes que lhe restavam e mais os
outros, que ela adquirira no odontólogo e respondeu:
- É areia! Aí quem sorriu foi o fiscal. Achou
que não era areia nenhuma e mandou a velhinha saltar da lambreta para examinar
o saco. A velhinha saltou, o fiscal esvaziou o saco e dentro só tinha areia.
Muito encabulado, ordenou à velhinha que fosse em frente. Ela montou na
lambreta e foi embora, com o saco de areia atrás.
Mas o fiscal ficou desconfiado ainda. Talvez a velhinha passasse um dia
com areia e no outro com muamba, dentro daquele maldito saco. No dia seguinte,
quando ela passou na lambreta com o saco atrás, o fiscal mandou parar outra
vez. Perguntou o que é que ela levava no saco e ela respondeu que era areia,
uai! O fiscal examinou e era mesmo. Durante um mês seguido o fiscal interceptou
a velhinha e, todas as vezes, o que ela levava no saco era areia.
Diz que foi aí que o fiscal se chateou:
- Olha, vovozinha, eu sou fiscal de alfândega com 40 anos de serviço.
Manjo essa coisa de contrabando pra burro. Ninguém me tira da cabeça que a
senhora é contrabandista.
- Mas no saco só tem areia! – insistiu a velhinha. E já ia tocar a
lambreta, quando o fiscal propôs:
- Eu prometo à senhora que deixo a senhora passar. Não dou parte, não apreendo
não conto nada a ninguém, mas a senhora vai me dizer: qual é o contrabando que
a senhora está passando por aqui todos os dias?
- O senhor promete que não “espaia”? – quis saber a velhinha.
- Juro – respondeu o fiscal.
- É lambreta.
(Stanislaw Ponte Preta)
·Após a leitura será realizada roda de
conversa sobre as impreçoes do texto.
·O professor propõe ao aluno uma
atividade de reconhecimento dos elementos da narrativa, presentes nos textos
lidos (personagem, foco narrativo, enredo, tempo, espaço).
·Para que haja um melhor entendimento
sobre os textos os alunos responderão algumas questões de interpretação como,
por exemplo:
Texto
Avestruz:
a)Você acha possível ter um avestruz como
animal de estimação? Justifique sua resposta.
b)Explique a expressão “Sacanagem, senhor!”.
c)Os argumentos utilizados convencem o
menino a desistir de ter um avestruz? Justifique sua resposta.
Texto
A velha contrabandista:
a)Por que o policial desconfia da velha?
b)O que realmente a velha contrabandeava e
como o policial descobriu?
c)Você se surpreendeu com o desfecho da
história?
Situação de aprendizagem
Publico alvo: 9ºano
Tempo previsto: 8 aulas
CONTEÚDO E TEMAS: elementos da narrativa: personagem, tempo e espaço; vocabulário, expressões enredo e foco narrativo; tipos de discurso.
COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: antecipação de conhecimento; realizar inferências e levantar hipóteses; identificar características do gênero ; identificar elementos da narrativa.
ESTRATÉGIAS: Ativação dos conhecimentos prévios dos alunos com relação ao gênero narrativa; leitura e interpretação dos textos; leitura compartilhada e estudo das características narrativas e os seus elementos , relacionar música, textos e imagens.
RECURSOS: Cópia dos textos e das atividades; dicionário , uso do data show para reprodução da estrutura textual e seus elementos , aparelho de som, sites.
AVALIAÇÃO: Participação oral dos alunos na análise do texto, contínua ; produção de uma narrativa sobre o texto.
TEXTO – PAUSA (MOACYR SCLIAR)
1. SONDAGEM INICIAL
·O que o título sugere?
·Você já sentiu vontade de fugir de alguma situação cotidiana?
·O quê?
·Por quê?
·Para onde sua imaginação o levou?
·Se fosse real, que atitude tomaria?
2. SOBRE O AUTOR
·Já ouviu falar sobre Moacyr Scliar?
·O que sabe sobre ele e suas obras?
·Levá-los a fazer uma pesquisa (Uso da Sala de Informática).
·A que gênero pertence?
3. LEITURA SILENCIOSA E COMPARTILHADA
PAUSA
Às sete horas o despertador tocou. Samuel saltou da cama, correu para o banheiro. Fez a barba e lavou-se. Vestiu-se rapidamente e sem ruído. Estava na cozinha, preparando sanduíches, quando a mulher apareceu, bocejando:
—Vais sair de novo, Samuel?
Fez que sim com a cabeça. Embora jovem, tinha a fronte calva; mas as sobrancelhas eram espessas, a barba, embora recém-feita, deixava ainda no rosto uma sombra azulada. O conjunto era uma máscara escura.
—Todos os domingos tu sais cedo – observou a mulher com azedume na voz.
—Temos muito trabalho no escritório – disse o marido, secamente.
Ela olhou os sanduíches:
—Por que não vens almoçar?
—Já te disse: muito trabalho. Não há tempo. Levo um lanche.
A mulher coçava a axila esquerda. Antes que voltasse a carga, Samuel pegou o chapéu:
—Volto de noite.
As ruas ainda estavam úmidas de cerração. Samuel tirou o carro da garagem. Guiava vagarosamente, ao longo do cais, olhando os guindastes, as barcaças atracadas.
Estacionou o carro numa travessa quieta. Com o pacote de sanduíches debaixo do braço, caminhou apressadamente duas quadras. Deteve-se ao chegar a um hotel pequeno e sujo. Olhou para os lados e entrou furtivamente. Bateu com as chaves do carro no balcão, acordando um homenzinho que dormia sentado numa poltrona rasgada. Era o gerente. Esfregando os olhos, pôs-se de pé:
—Ah! Seu Isidoro! Chegou mais cedo hoje. Friozinho bom este, não é? A gente...
—Estou com pressa, seu Raul – atalhou Samuel.
— Está bem, não vou atrapalhar. O de sempre - Estendeu a chave.
Samuel subiu quatro lanços de uma escada vacilante. Ao chegar ao último andar, duas mulheres gordas, de chambre floreado, olharam-no com curiosidade:
—Aqui, meu bem! – uma gritou, e riu: um cacarejo curto.
Ofegante, Samuel entrou no quarto e fechou a porta a chave. Era um aposento pequeno: uma cama de casal, um guarda-roupa de pinho: a um canto, uma bacia cheia d’água, sobre um tripé. Samuel correu as cortinas esfarrapadas, tirou do bolso um despertador de viagem, deu corda e colocou-o na mesinha de cabeceira.
Puxou a colcha e examinou os lençóis com o cenho franzido; com um suspiro, tirou o casaco e os sapatos, afrouxou a gravata. Sentado na cama, comeu vorazmente quatro sanduíches. Limpou os dedos no papel de embrulho, deitou-se fechou os olhos.
Dormir.
Em pouco, dormia. Lá embaixo, a cidade começava a move-se: os automóveis buzinando, os jornaleiros gritando, os sons longínquos.
Um raio de sol filtrou-se pela cortina, estampou um círculo luminoso no chão carcomido.
Samuel dormia; sonhava. Nu, corria por uma planície imensa, perseguido por um índio montado o cavalo. No quarto abafado ressoava o galope. No planalto da testa, nas colinas do ventre, no vale entre as pernas, corriam. Samuel mexia-se e resmungava. Às duas e meia da tarde sentiu uma dor lancinante nas costas. Sentou-se na cama, os olhos esbugalhados: o índio acabava de trespassá-lo com a lança. Esvaindo-se em sangue, molhando de suor, Samuel tombou lentamente; ouviu o apito soturno de um vapor. Depois, silêncio.
Às sete horas o despertador tocou. Samuel saltou da cama, correu para a bacia, levou-se. Vestiu-se rapidamente e saiu.
Sentado numa poltrona, o gerente lia uma revista.
— Já vai, seu Isidoro?
—Já – disse Samuel, entregando a chave. Pagou, conferiu o troco em silêncio.
—Até domingo que vem, seu Isidoro – disse o gerente.
—Não sei se virei – respondeu Samuel, olhando pela porta; a noite caia.
—O senhor diz isto, mas volta sempre – observou o homem, rindo.
Samuel saiu.
Ao longo dos cais, guiava lentamente. Parou um instante, ficou olhando os guindastes recortados contra o céu avermelhado. Depois, seguiu. Para casa.
4. VOCABULÁRIO
·Grifar as palavras desconhecidas no texto.
5. LEITURA DE IMAGENS
·Jornaleiro;
·Relógio de Corda;
·Guindaste;
·Cais;
·Bacia de se lavar.
6. INTERPRETAÇÃO E ENTENDIMENTO DE TEXTO
7. INTERTEXTUALIDADE
·Música – Cotidiano (Caetano e Chico)
Todo dia ela faz tudo sempre igual:
Me sacode às seis horas da manhã,
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã.
Todo dia ela diz que é pr'eu me cuidar
E essas coisas que diz toda mulher.
Diz que está me esperando pr'o jantar
E me beija com a boca de café.
Todo dia eu só penso em poder parar;
Meio-dia eu só penso em dizer não,
Depois penso na vida pra levar
E me calo com a boca de feijão.
Seis da tarde, como era de se esperar,
Ela pega e me espera no portão
Diz que está muito louca pra beijar
E me beija com a boca de paixão.
Toda noite ela diz pr'eu não me afastar;
Meia-noite ela jura eterno amor
E me aperta pr'eu quase sufocar
E me morde com a boca de pavor.
Todo dia ela faz tudo sempre igual:
Me sacode às seis horas da manhã,
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã.
Todo dia ela diz que é pr'eu me cuidar
E essas coisas que diz toda mulher.
Diz que está me esperando pr'o jantar
E me beija com a boca de café.
Todo dia eu só penso em poder parar;
Meio-dia eu só penso em dizer não,
Depois penso na vida pra levar
E me calo com a boca de feijão.
Seis da tarde, como era de se esperar,
Ela pega e me espera no portão
Diz que está muito louca pra beijar
E me beija com a boca de paixão.
Toda noite ela diz pr'eu não me afastar;
Meia-noite ela jura eterno amor
E me aperta pr'eu quase sufocar
E me morde com a boca de pavor.
Todo dia ela faz tudo sempre igual:
Me sacode às seis horas da manhã,
Me sorri um sorriso pontual
E me beija com a boca de hortelã.
8.RELATO DESCRITIVO (ESTRUTURA)
9. TIPOS DE DISCURSO
·Relacione o texto com o seu cotidiano.
·O que você faz de diferente no domingo?
10.QUESTÕES
1. Ao ler o texto, qual a sua impressão em relação ao título “Pausa”?
2. Por que você acha que Samuel saía todos os domingos de casa?
3. “Isidoro” e “Samuel” eram a mesma pessoa? Justifique sua resposta extraindo trechos do texto?
4. Na sua opinião, qual a intenção de Samuel ao refugiar-se em um hotel pequeno e sujo?
5. “O senhor diz isto, mas volta sempre – observou o homem rindo”. Esta passagem do texto quer dizer que:
( ) O gerente conhecia Samuel.
( ) Samuel era um mentiroso.
( ) Samuel já estivera naquele local por diversas vezes.